Eduardo Amorim; Lucas Jordão. 2021. Ficus pakkensis (Moraceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A espécie não é endêmica do Brasil (Pederneiras et al., 2020). No Brasil, apresenta distribuição: no estado do Amazonas — no município Manaus —, no estado do Maranhão — no município São Luís —, no estado do Mato Grosso — no município Itaúba —, no estado do Pará — nos municípios Altamira, Maracanã, Monte Alegre, Muaná, Santarém, São Caetano de Odivelas e Soure —, e no estado do Piauí — nos municípios Amarante, Buriti dos Montes, Parnaíba e Tanque do Piauí.
Ficus pakkensis é uma árvore que ocorre na Amazônia, em Florestas de Terra Firme, Floresta Ombrófila, Restinga, Savana Amazônica e Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos. Apresenta AOO=64km² e seis situações de ameaças. Consideramos as ocorrências em Unidades de Conservação como situação de ameaças independentes e, os demais registros ocorrem próximos à áreas de pastagens. Visto que os municípios de ocorrência da espécie possuem entre 9 e 22% de seus territórios convertidos em áreas de mosaico de pastagem e agricultura (MapBiomas, 2021). Diante esse cenário, infere-se declínio de qualidade de habitat. Assim, F. pakkensis foi avaliada como Vulnerável (VU) à extinção. Recomendam-se ações de pesquisa (busca por novas áreas de ocorrência, censo e tendências populacionais, estudos de viabilidade populacional) e conservação (Planos de Ação, Cumprimento de efetividade de Unidade de Conservação e Conservação ex situ) urgentes a fim de se garantir sua perpetuação na natureza, pois as pressões verificadas ao longo de sua distribuição podem ampliar seu risco de extinção.
Ano da valiação | Categoria |
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2012 | LC |
Descrita em: Bull. Torrey Bot. Club 75: 297, 1948. É reconhecida pelos ramos folhosos branco-puberulosos. Lâmina oblonga, sub-coriácea a coriácea, ápice arredondado a curto-acuminado, base cordada a emarginada, superfície superior lisa a escabrosa, puberulenta nas veias principais, nas veias, a superfície inferior densamente puberulenta com pelos de igual comprimento (Berg, Avila e Kooy, 1984). A espécie foi avaliada como Vulnerável (VU B1+2bc) na Lista Vermelha da IUCN (Pereira, et al., 1998).
Segundo as informações fornecidas pelo especialista, o tempo de geração estimado para esta espécie é de 5 – 15 anos (L.C. Pederneiras com. pess. 2021).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1.1 Housing & urban areas | habitat | past,present,future | regional | low |
De acordo com o MapBiomas, o município Parnaíba (PI) possui 6,87% (2996ha) do seu território convertido em áreas de infraestrutura urbana, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat,occupancy | past,present,future | regional | very low |
De acordo com o MapBiomas, o município Itaúba (MT) possui 10,74% (48632ha) do seu território convertido em áreas de culturas de soja, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021a). A espécie apresenta 0,09% (3,38ha) da sua AOO útil (3600ha) em áreas de agricultura e 0,16% (5,85ha) em áreas de mosaico de agricultura e pastagem (MapBiomas, 2021b). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | national | low |
De acordo com o MapBiomas, os municípios Buriti dos Montes (PI), Itaúba (MT), Maracanã (PA), Monte Alegre (PA), Santarém (PA), São Caetano de Odivelas (PA) e São Luís (MA) possuem, respectivamente, 5,95% (14509ha), 22,45% (101676ha), 16,66% (13457ha), 11,12% (201921ha), 6,35% (113729ha), 20,19% (9370ha) e 9,99% (5823ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2019 (MapBiomas, 2021a). A espécie apresenta 5,58% (200,89ha) da sua AOO útil (3600ha) em áreas de pastagem e 0,16% (5,85ha) em áreas de mosaico de pastagem e agricultura (MapBiomas, 2021b). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre em Altamira (PA), município da Amazônia Legal considerado prioritário para fiscalização, referido no Decreto Federal 6.321/2007 (BRASIL, 2007) e atualizado em 2018 pela Portaria MMA nº 428/18 (MMA, 2018). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental da Região do Maracanã, Área de Proteção Ambiental de Algodoal-Maiandeua, Área de Proteção Ambiental do Arquipélago do Marajó, Estação Ecológica da Terra do Meio, Floresta Estadual do Paru, Parque Estadual Rio Negro Setor Sul e Reserva Extrativista Marinha de Soure. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |